Coluna do Cacá: A vitória que a gente precisava

O Marcilista se alimenta de jogos históricos. E estávamos precisando reviver isso. A vitória no sufoco sobre o Criciúma quebrou um tabu de 14 anos sem vencer o Tigre no Heriberto Hülse. A vitória é tão gigante quanto o sofrimento para conquistá-la.

João Carlos estava afim de marcar. Os primeiros 10 minutos foram de muita pressão do camisa 11 do Criciúma que teve a chance de começar titular. Não aproveitou. Sorte do Marinheiro, que teve a impetuosa lei do ex a seu favor, com Juninho marcando o gol da vitória.

Pimpão poderia ter deixado o jogo mais fácil. Perdeu três chances que por muito pouco não fizeram falta. Aliás, quando é pra dar tudo errado, Hercílio Luz e Avaí quebram os tabus do Gigantão das Avenidas em atuações muito ruins do Marcílio. Ontem, a sorte sorriu pro Marcílio e o pé descalibrado do Criciúma não foi capaz de empatar e frustrar nossa festa Rubro Anil. Deu tudo certo mesmo errando. Faz parte do futebol. Esse esporte maravilhoso e imprevisível que renova ainda mais nossa fidelidade. Um jogo que esperávamos pouco e foi entregue tudo.

Fidelidade do imponderável. De acreditar. Do coração. Das defesas milagrosas de nossos dois goleiros. Pin que saiu lesionado e Denison que suportou a pressão. Da dupla Leo Rigo e Everton que saíram com dores de cabeça de tanto correr, cortar, salvar e impedir qualquer resultado diferente da vitória do Marcílio. Da raiva dos gols perdidos por Pimpão. Da fé de Julinho, que não desistiu do lance e deu um ótimo passe pro Juninho guardar.

Esse é o Marcílio. Que faz a gente querer a cabeça do treinador, diretor, presidente e hoje abraçamos todos comemorando uma grande vitória. Esse é o barato do futebol. Seguiremos ainda com uma missão difícil de estabilidade no Campeonato. O resultado veio. Agora é trabalhar para não sofrer tanto contra o Camboriú.

NOTAS:

Rafael Pin – 8,0 (Denison merece 8,0 também)

Victor Guilherme – 7,5

Léo Rigo – 8,5

Everton – 7,5

Matheus Muller – 7,0

Elias Teles – 7,5

Alisson – 7,5

Julinho – 8,0

Juninho – 8,0

Peu – 6,5

Pimpão – 6,0

Rogério Corrêa – 8,0