A entrevista de Danilo Rezini, Presidente do Brusque para a Rádio CM Esportes no último domingo (05) gerou repercussão nesta semana. Com as perdas de receitas da Série B do Brasileiro e da Havan o clube atravessa 2023 com dificuldades. O Esporte Campeão foi atrás para atualizar sobre a situação financeira do Brusque.
Receitas perdidas:
Com o rebaixamento para a Série C, o Brusque deixou de arrecadar 6 milhões e 800 mil reais da cota de TV (8 parcelas de 850 mil reais). Ano passado, a Havan, patrocinadora máster do clube anunciou que não renovaria nenhum patrocínio para 2023. O Clube também deixou de arrecadar 300 mil reais mensais, além do aluguel do Augusto Bauer.
Diante desse cenário, segundo Carlos Beuting, vice-presidente do Brusque, o clube fez ajustes e diminuiu os custos em quase 50%.
Qualquer clube que perde essa quantidade de receita vai passar dificuldades. Não se repõe do dia pra noite. Mantivemos um time competitivo e que pode conquistar. Estamos trabalhando também.
Carlos Beuting – Vice-presidente do Brusque
Possíveis receitas do ano:
O Brusque manteve um time competitivo como forma de investimento. Fazendo um bom Catarinense, chama bilheteria, venda de produtos, patrocinadores e premiações. Além disso, neste ano, o Brusque espera receber cerca de 750 mil reais da venda de Jorginho do Chelsea ao Arsenal, através do mecanismo de solidariedade da FIFA.
Outra receita vinda de fora será caso o CSKA em junho faça a opção de compra de Garcez. O negócio pode render 600 mil dólares. O Brusque também projeta avançar uma ou duas fases na Copa do Brasil e também repor o patrocínio máster deixado pela Havan em pelo menos 50% do valor. Além disso, a Série C deve receber uma porcentagem de cota de TV com o acordo da nova Liga do Futebol Brasileiro.
Torcida:
O Brusque tem tentando sensibilizar o torcedor para se associar. Com cerca de 400 sócios, o clube mantém a meta de 3 mil associações, além do sócio empresa. A ideia é ter uma receita mensal de 150 mil reais com esses sócios.
Nós temos o projeto de sócio torcedor para 3 mil sócios. Infelizmente o engajamento não está sendo da maneira como esperávamos. A gente vem fazendo grandes campanhas nos últimos anos. Eu acho que neste momento de queda de arrecadação o torcedor tinha que estra mais engajado. O Brusque será do tamanho que o torcedor quiser.
Carlos Beuting – Vice-presidente do Brusque
Estádio próprio:
Outro problema para o Brusque do futuro será em 2024. O Carlos Renaux já anunciou que ano que vem vai trocar o gramado e construir um prédio comercial onde ficava a arquibancada metálica. O contrato do Brusque com o Augusto Bauer vai até dezembro de 2023 e provavelmente a partir do ano que vem o Brusque vai precisar de outro estádio para mandar seus jogos.
O Brusque vai trabalhar junto com o poder público para viabilizar a compra do Sesi e fazer o estádio.
Carlos Beuting – Vice-presidente do Brusque
As próximas semanas deverão ser de definições para o Brusque. Patrocínios, estádio e planejamento devem fazer parte das manchetes do Quadricolor.
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