O treinador Rogério Corrêa foi demitido do Marcílio Dias após a 10ª rodada do Campeonato Catarinense. A derrota por 2 a 1 para o Concórdia foi o último jogo do treinador campeão da Copa SC. Rogério fala com exclusividade para o site do Esporte Campeão, confira:
Rogério, você continuou acompanhando o Marcílio Dias depois da sua saída? Sim, continuei acompanhando. Torci como sou um torcedor do Marcílio hoje. Eu e minha família. A vivência aqui me tornou um torcedor.
Se você tivesse continuado contra o Atlético Catarinense e Maringá os resultados seriam diferentes? Sim, poderia ser diferente, porque a ideia era jogar diferente contra o Atletico Catarinense já projetando o Maringá. Eu recebi uma análise do Athletico PR que venceu eles e poderíamos fazer a mesma ideia com esse documento. Já estávamos estudando o Maringá.
Qual teu sentimento com o Marcílio Dias? Tristeza e amor. Triste pelo jeito que foi minha demissão. Se fosse uma demissão lá no terceiro ou quarto jogo poderia concordar. Foi dado continuidade, tinha meu trabalho, da Copa SC e na Copa do Brasil. Alguns jogos pontuais os atletas se comprometeram e tivemos bons resultados. E o amor por tudo que conquistamos. Números reais, título, classificação inédita. Espero que o clube possa se reestruturar com esses recursos da Copa do Brasil. As lágrimas do jogo da Chapecoense foram de dever cumprido. Tinha muito sentimento por trás. Fiz com amor, com carinho, pelo Marcílio.
O que você acha que deu errado nessa temporada? Acho que a montagem do elenco. Não conseguimos montar um grupo coeso como foi na Copa SC. A responsabilidade é de todos. Diretoria, jogadores e comissão. Faltou um pouquinho mais de comprometimento para deixar o Marcílio com a Série D.
Você faria algo diferente? Sim, acho que toda a reflexão é válida neste momento. Das coisas boas e negativas. Acho que das positivas, tudo que pude fazer dentro e fora de campo foi feito. Negativo, acho que poderia ter sido mais incisivo com a diretoria com mudanças no elenco. Como aconteceu, o ambiente ficou muito conturbado. E a diretoria tomou a decisão de pagar um ao invés de pagar 10. Acho que foi um grande aprendizado na montagem de elenco pra mim. Não estou tirando a minha culpa, poderia ter brigado mais por isso.
O que mais atrapalhou o ambiente? Eu tentei ao máximo deixar o ambiente competitivo. As cobranças no particular e em grupo, mas as vezes passa do seu controle. O ambiente que se criou, que vocês sabem dos problemas que tiveram entre os jogadores, que é normal, mas não pode deixar atrapalhar dentro de campo. O erro foi não ter tomado as decisões no momento certo.
O que você vai fazer a partir de agora? Vou ficar em Itajaí até domingo e voltar pra Curitiba. Estou acertando a parte burocrática do apartamento e da escola do meu filho. Fizemos amizades e pegamos amor pela cidade. Vou estudar mais. Farei a Licença Pró da CBF e esperando o quanto antes aparecer um clube para trabalhar e escrever uma nova história. Gostaria muito de ter continuado, acho que fizemos mais coisas boas que coisas ruins. Queria participar da reestruturação. Porém, vida que segue.
Deixa um recado para a torcida do Marcílio. Torcedor, fico até arrepiado. Aquele que mandou inúmeras mensagens, nas vitórias e nas derrotas. Esse torcedor eu agradeço. Peço desculpas. Sempre tentei ganhar. Agradeço de coração.
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