in ,

Avaí, Figueira, Chape e JEC que em 2015 estavam na Série A, hoje pedem Recuperação Judicial

Coluna do Cacá: O Futebol Catarinense passa por uma crise financeira e de resultados que talvez seja a maior da história. Curiosamente, os 4 clubes que pediram Recuperação Judicial estavam em 2015 vivendo o ápice na Série A do Campeonato Brasileiro: Avaí, Chapecoense, Figueirense e Joinville. O Futebol de SC era o segundo estado com mais representantes na primeira divisão daquele ano, atrás apenas de SP que tinha 5 clubes. O Fortaleza ainda estava na Série C. O Bragantino antes da Red Bull estava na Série B, junto com América-MG e Criciúma.

A derrocada começa justamente neste ano. O Joinville rebaixado começa a fazer dívidas que foram aumentando ano após ano e hoje estão na casa dos R$ 45 milhões. O JEC está a 2 anos sem calendário nacional. A Chapecoense, que passou pela tragédia em 2016 ainda conseguiu se manter por alguns anos na Elite, mas foi errando no futebol. Hoje a dívida está em R$ 80 milhões com todos os tributos. Já o Avaí, que na última-segunda-feira (17) pediu Recuperação Judicial, têm dívidas acumuladas de mais de R$ 107 milhões. Os dois estão na Série B, mais preocupados em não ser rebaixados do que almejar um retorno à Série A. E quando estiveram na Série A foram donos das piores campanhas da história do Brasileirão.

O Figueira passa pelo momento mais delicado de todos. A dívida é monstruosa. O clube reconhece que não tem dinheiro para disputar a Série C, por isso fez campanha para arrecadar dinheiro através do Pix e a torcida deu resposta, já foram arrecados mais de R$ 220 mil. A dívida extrajudicial gira em torno de R$ 180 milhões. Com a RJ a dívida cairia para R$ 70 milhões. A SAF ainda não encontrou investidores e o futuro segue incerto. Penso que 4 clubes na Série A era demais nos dois sentidos da palavra. Muito legal, porém fora realidade. Quem viu, viu. Hoje os 4 tentam sobreviver.

A bola da vez é o Criciúma que tem tudo para ocupar um espaço de hegemonia do futebol de SC. Mesmo assim o Criciúma discute reformar e ampliar o Heriberto Heulse (e está correto). O Brusque pode ser a segunda força, se a Havan ou um outro patrocinador fizer o investimento e a diretoria conseguir construir um estádio para 2024.  Hercílio Luz como SAF se conseguir subir para a Série C tem tudo para ser um coadjuvante vencedor que a muito tempo espera conquistar um título. O Hercilista tem essa frustração apesar das boas campanhas nos últimos anos, mas tá faltando a faixa no peito.

O meu querido Marcílio Dias precisa zerar de uma vez por todas as suas dívidas e se estruturar. Se o Criciúma já discute reformar o HH, imagina o Gigantão. Dois anos sem Série D é o momento ideal para o Marinheiro crescer como clube.

O Futebol Catarinense caminha para uma reconfiguração de protagonistas. O Criciúma que passou pelo calvário de um rebaixamento no estadual tem tudo para compensar o seu torcedor com os próximos anos mágicos. Se os outros grandes não reverterem a situação, o caminho fica aberto para Brusque, Hercílio Luz, Concórdia e Marcílio Dias ocuparem posições no estadual e também a nível nacional. O Tigre está na frente de todos. Mas é possível aprender com o Criciúma. Sem dívidas, com torcida apaixonada, com estrutura, com time forte, mas sem precisar passar pelo rebaixamento. Vale pra todos.  

What do you think?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

GIPHY App Key not set. Please check settings

Equipes fazem últimos ajustes nos barcos para próxima etapa da The Ocean Race

Mineiro fala sobre retorno ao futebol do Vale