Corneta do Niltão: De arbitragens polêmicas a dificuldades em realizar uma competição profissional

O Campeonato Catarinense de Futebol 2017, está chegando na sua reta final, e infelizmente o tema mais comentado foi as arbitragens polêmicas, que deixaram muito a desejar diversas agremiações, algumas até com razão, pois com lances capitais definiram alguns resultados e classificação. Mas não há como negar o baixo nível técnico, que me preocupa na sequencia dos campeonatos nacionais. A zona de rebaixamento foi definida com a diferença de 1 ponto, a equipe do Figueirense foi a maior decepção da competição, sendo quase rebaixada, na minha humilde opinião foi a pior entre os 10 (dez) participantes. O primeiro jogo da final, com a vitória por 1×0 da Chapecoense em Florianópolis contra o Avaí, deixou a equipe com praticamente a mão na taça, pois pode perder pelo placar minimo que conquista o título, mas futebol tudo pode acontecer.

Estamos no encerramento da Série A, no final deste mês teremos o inicio da Série C e no começo de julho a série B, sinceramente não estou nada empolgado com esses competições, que evidenciam a dificuldade de fazer futebol profissional em Santa Catarina, a equipe campeã da série C em 2016, o Clube Atlético Itajaí, chegou a desistir de disputar a competição este ano, visto as dificuldades financeiras, a alternativa para alguns clubes e FCF foi transformar as competições em uma mescla de futebol semi-profissional, com limitação de idade e permissão de uma quantidade minima de atletas acima do limite de idade, mas fiquem tranquilo a Federação Catarinense de Futebol vai ajudar os clubes, que para disputarem a competição necessitam de pagamentos de taxas de Arbitragem, policiamento, ambulância, emolumentos (inscrição de atletas), viagens, hospedagem, alimentação, salários e dentre outros gastos, as equipes da Série C ganharam 6 bolas oficiais da competição de brinde, se sou dirigente de uma das equipes mando enfiar a bola bem onde vocês estão pensando. Esse povo brinca de fazer futebol profissional, quem diria que íamos sentir saudades do falecido Delfim de Pádua Peixoto Filho.

Quero parabenizar novamente a diretória do Clube Náutico Marcílio Dias, desta vez, por disponibilizar em seu site a prestação de contas de 2016: http://cnmd.com.br/v2/transparencia.php acredito que um demonstrativo técnico contento informações sobre a situação financeira do clube, de forma oficial nunca tinha sido divulgado, sempre era divulgado dados maquiados e que não condiziam com a realidade. Mesmo sabendo que a ultima administração deixou um legado temerário para o clube, foi triste ler o relatório e ver o demonstrativo e balanço financeiro do clube.

E mesmo lutando bravamente até a última rodada a equipe do Almirante Barroso acabou sendo rebaixada, vários fatores foram predominante para que isso acontecesse, pouco tempo para preparação da equipe entre o final da série B e o inicio da série A, dificuldades financeiras, montagem do elenco ficou muito aquém do esperado, perdeu muitos pontos nos confrontos diretos, contra a outra equipe rebaixada, o Metropolitano conquistou somente 1 ponto em casa, foi prejudicado pela arbitragem em lances capitais, influenciando o resultado de 2 (duas) a 3 (três) partidas e alguns jogadores contratados para fazerem a diferença, não conseguiram dar o diferencial em campo, oscilaram muito. A grande incógnita entre muitos torcedores e crônica esportiva e se a equipe vai continuar o trabalho, pois vai ficar mais de um ano sem jogar uma competição profissional, há expectativa de disputar a Copa Santa Catarina, mais não se sabe se a competição vai acontecer. Acredito que o trabalho deve continuar, visto que o contrato com o Barroso é de 10 (dez) anos renovável por mais 10 (dez) e recentemente teve a inclusão de mais um sócio que investiu no clube.