As próximas edições da Volta ao Mundo já estão marcadas para os ciclos de 2019-20, 2021-22 e 2023-24. A mudança terá um impacto positivo no valor comercial do evento, bem como nas equipas profissionais de vela e nas cidades-sede. Nas últimas edições, Portugal e o Brasil fizeram e ainda fazem parte do maior evento de vela oceânica do planeta.
“Um ciclo mais curto significa que podemos encurtar cada edição por alguns meses. O atual formato é de até nove meses. No entanto, vamos chegar a mais mercados agora”, disse Mark Turner, CEO da Volvo Ocean Race. “Ao mesmo tempo, fortaleceremos o ADN da regata, que está sempre em todo o mundo e em todos os oceanos, principalmente na Antártida que é seu coração”.
Na prática, a mudança de ciclo dará mais oportunidade à formação de novos velejadores, sem contar um maior retorno de investimento às marcas envolvidas. Outra novidade para a 14ª edição a partir de 2019-20, será a entrada de novos barcos monocasco com foils para as etapas, também chamadas pernas. A prova terá multicascos “voadores” para regatas costeiras – as In-port Races.
A organização da Volvo Ocean Race, já abriu o processo de licitação para definir as cidades que receberão as etapas da regata para as próximas edições. Uma nova forma de fazer os stopovers e flexibilização das datas estão no caderno de encargos.
Mais sobre a mudança
Nos últimos 20 anos, a Volvo Ocean Race cresceu muito rm número de etapas. Na primeira ediçãoo foram três e hoje a regata visita todos os cantos do mundo. Na edição 2017-18, que começa em outubro, 12 cidades-sede fazem parte do evento.
Ao reduzir o ciclo, não será necessário ir a todos os mercados comercialmente importantes em todas as edições, o que significa que os organizadores poderão escolher o melhor percurso, proporcionando equilíbrio certo entre a integridade desportiva e os interesses comerciais das marcas envolvidas.
A regata tem o compromisso de visitar a América do Norte, a América do Sul, a Oceania, a China e, pelo menos, cinco grandes mercados europeus em todas as edições.
O CEO da Volvo Ocean Race, Mark Turner, espera que os patrocinadores se comprometam ainda mais com as regatas com o ciclo menor. “Para fazer duas campanhas, as equipes precisam atualmente de no mínimo seis anos. Em 2019 passa a ser quatro para duas edições. Isso significa mais continuidade para todos, mais ativação de patrocinadores e mais presença da regata”. Apesar de encurtar o ciclo para dois anos, a organização terá 16 meses de intervalo para preparar a próxima edição.
O ciclo de mudança também pode ajudar a completar o alinhamento do grande calendário da vela. Pela primeira vez na história, os ciclos de Volvo Ocean Race, America’s Cup, Olimpíadas e Vendée Globe devem estar sincronizados.
A Volvo Ocean Race foi originalmente concebida para ser disputada a cada quatro anos a partir de sua primeira edição em 1973-74, quando era a como Whitbread Round the World. Desde 2005-06, passou para um ciclo de três anos.
“A regata sempre irá ao redor do mundo e aos mares do Sul. Vai sempre estar no cerne do desafio que estabelecemos para os melhores velejadores profissionais do mundo”, disse Turner. “Acreditamos pela primeira vez que estamos a conseguir aumentar o património, o valor desportivo e comercial ao mesmo tempo”.
A agência britânica The Sports Consultancy trabalha com a Volvo Ocean Race há mais de 10 anos para desenvolver parcerias da Host City. Eles trabalham em parcerias com as cidades que pretendem receber o evento e desenvolver novas oportunidades.
A Volvo Ocean Race é única em negócios desportivos, sendo propriedade dos parceiros Volvo Group e Volvo Car Group.
Volvo Ocean Race 2017-18
A edição de 2017-18 começa em 22 de outubro deste ano e terá a presença, por enquanto, de seis equipes a bordo do Volvo Ocean 65. A regata saí de Alicante, na Espanha, e termina no final de junho do próximo ano em Haia, na Holanda. A parada em Lisboa, será no final da primeira etapa. A cidade de Alicante será o local da largada para as próximas edições da Volvo Ocean Race.
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