A flotilha da Volvo Ocean Race deve cruzar pela última vez nas próximas horas a Linha do Equador. Os barcos disputam a sexta etapa e sobem o Atlântico rumo a Newport, nos Estados Unidos. Será a última perna antes de uma maratona de poucos dias pelos mares da Europa. Depois da parada norte-americana será quase uma reta até Portugal, depois França, Holanda e Suécia. A passagem pelos hemisférios indica que o campeonato está nos seus momentos decisivos, mesmo com muitos pontos em jogo. “A voltando ao Hemisfério Norte marca uma mudança de ritmo na regata. A partir de agora, as pernas são mais rápidas! Há muita coisa em jogo até a chegada na Suécia. Quarenta e cinco por cento dos pontos estão em jogo”, disse Ian Walker, comandante do Abu Dhabi Ocean Racing, que lidera o campeonato.
As equipes não querem perder terreno nos chamados Doldrums – região de ventos inconstantes e muitas vezes quase nulos. Com a flotilha paticamente agrupada – menos de 50 quilômetros do primeiro ao sexto, a estratégia é aproveitar todas as rajadas, por menor que elas sejam.
“Vamos entrar nos Doldrums e acredito que não teremos muitas surpresas. Não vemos muita calmaria por aqui”, explicou Xabi Fernandez, comandante do MAPFRE. “Vamos passar ao Hemisfério Norte e não descer mais. Esperamos velejar rápido agora”.
No placar desta terça-feira (28), o Team Brunel aparecia em primeiro lugar depois de tirar a liderança dos chineses do Dongfeng Race Team. O MAPFRE é o terceiro trazendo em sua cola Abu Dhabi Ocean Racing, Team SCA e Team Alvimedica. Restam menos de 3.000 milhas náuticas para a chegada em Newport.
“A partir de agora, a situação pode ser comparada com os carros chegando a um cruzamento cheio de opções. Quem for mais a Oeste perto da costa pega mais corrente e ventos mais fracos. Para Leste, os ventos são mais generosos, apesar do ângulo”, disse Gonzalo Infante, meteorologista da Volvo Ocean Race.
A flotilha deve chegar aos Estados Unidos entre 6 e 8 de maio, ou seja, em um pouco mais de uma semana.
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