Aproveitando as comemorações do centenário do Figueirense da capital, este colunista vem aqui contar a história do maior – no tocante à duração mesmo – jogo que as terras barrigas-verdes já viram.
Era o dia 18/01/1959 e o Marcílio Dias, campeão da liga itajaiense, enfrentaria o Figueirense pela 2ª partida das oitavas de final do Campeonato Catarinense (cuja disputa era referente a 1958). Naquela época os campeões de ligas entravam diretamente na fase de mata-mata do torneio, e o time de Florianópolis perdeu o 1º jogo eliminatório em Itajaí por 4 x 0. O regulamento determinava que o Figueirense então precisaria vencer o jogo de volta no tempo normal e também na prorrogação.
Venceu no tempo regulamentar por 2 x 0 e a partida foi pra prorrogação de 30 minutos, que terminou sem contagem de gols. O regulamento determinava nova prorrogação de 15 minutos: novo 0 x 0. Novo tempo extra de 15 minutos: outro 0 a 0. Os jogadores estavam exaustos, mas tiveram que jogar mais 15 minutos: mais um 0 x 0. Já era noite quando dirigentes da federação e dos clubes, devido ao adiantado da hora, concordaram em marcar uma partida extra 4 dias depois lá em Blumenau. Foram, pelo menos, 165 minutos de futebol.
Segue a ficha técnica deste jogo:
18/01/1959: Marcílio Dias 0 x 2 Figueirense
Campeonato Catarinense (Oitavas de Final)
(Adolpho Konder – Florianópolis / SC)
Gols do Figueirense: Oládio e Wilson.
Time: Medeiros; Gaya e Gilberto Maes; Loca, Cirilo e Nonho; Hugo, Francisco, Idésio, Fernando e Periquito.
Técnico: Antoninho.
Em tempo: vencemos a partida extra em questão por 2 x 1 (2 gols de Idésio) e nos classificamos para as quartas de final contra o Baependi de Jaraguá do Sul. Após 2 partidas (2 x 0 e 1 x 1) fomos para a semifinal contra o Hercílio Luz de Tubarão, que era o grande time do momento e nos derrotou duas vezes (1 x 3 e 1 x 2). O clube tubaronense seria o grande campeão estadual ao vencer o Carlos Renaux de Brusque na decisão.
Até a próxima!
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