Um pai Marcilista procura mostrar para seu filho os prazeres de torcer para o Marcílio. Leva no Gigantão, compra espetinho e ensina as canções da arquibancada. É assim que a paixão centenária se renova. Silvio vai além. O filho Luan se tornou zagueiro e capitão do Marcílio. A família de Navegantes aumentou a ligação com o Marcílio Dias.
“Me sinto orgulhoso em ver meu filho representando um grande time de SC. Ainda mais o Marcilio Dias, clube que sou apaixonado. Meu filho é um guerreiro, nunca abaixou a cabeça até o momento da sua estreia. Antes disso foram momentos difíceis, muitas das vezes ele não era nem relacionado para os jogos, mas como eu sempre falo, independente da situação continue trabalhando porque a oportunidade não avisa quando vai aparecer. Hoje é notório o quanto ele evoluiu como pessoa e como atleta, isso é motivo de muita alegria para nós”.
Silvio, Pai do Luan
O mundo do futebol fez com que Luan reencontrasse Teco, seu treinador quando criança. Carlos Alberto Teco em 2021 entregou a braçadeira de capitão ao Luan.
A trajetória de Luan no futebol começa de Navegantes para o Barra e do Barra para o Mundo. Em 2017, Luan jogou no Olympiacos da Grécia. Também têm passagens por Avaí e Coritiba antes de chegar ao Marinheiro em 2020.
“É uma felicidade gigantesca. Seu amadurecimento tático, técnico e físico além de ser um atleta com uma força mental incrível. Graças a todos esses atributos e seu comprometimento ele hoje se tornou por mérito próprio capitão de um dos maiores clubes de Santa Catarina”.
Carlos Alberto Teco, treinador
“Uma alegria muito grande falar sobre o Luan. Ele é um menino que nós observamos muito jovem em Navegantes junto com o Rodrigo Mathiola. Trouxemos para o Barra e desenvolvemos um trabalho durante 3 anos. Ele estreia no profissional com 17 anos, no jogo contra o Guarani de Palhoça. Luan veio como lateral esquerdo, mas estreou como volante. Soube aproveitar as oportunidades. Chega a uma marca significativa. Nós temos uma parceria com o Marcílio junto com o Luan. É uma alegria ver o sucesso dele”.
Bene, Presidente do Barra.
“Jogar ao lado do Luan tem sido uma experiência muito legal. É um jogador com um potencial muito grande, tem uma bola aérea muito boa e qualidade técnica. Zagueiro canhoto e com a qualidade é raro de se encontrar no Brasil. Desde quando começamos a atuar juntos tento passar tranquilidade pra ele, aconselhando sobre o posicionamento e vejo que é um menino que escuta muito. Parabenizo ele por essa marca e espero que ele atue por muito tempo com essa camisa gigante que tem o Marcílio Dias!”
Magrão, zagueiro do Marcílio
Luan chegou a 50 jogos no último sábado (04). Vitória do Marcílio por 3 a 2 contra o Aimoré. Luan teve que sair de ambulância aos 35 minutos do primeiro tempo e não pôde contribuir com a virada. Ele será importante na sequencia de trabalho de Paulo Foiani que agora mira a Copa SC.
“O que me chama a atenção é a humildade e o nível de comprometimento. É um atleta promissor. Tem potencial pra jogar uma série A e até exterior. Tem coisas para melhorar, mas ele é muito comprometido”.
Paulo Foiani, treinador do Marcílio
LUAN 50 jogos: 17 vitórias, 22 empates e 11 derrotas. 4437 minutos. *Números do site ogol
A seguir você confere uma entrevista com o Luan falando sobre os 50 jogos:
- Qual o sentimento de chegar a 50 jogos com a camisa do Marcílio? O sentimento é de muita gratidão. Realmente passa um filme na cabeça, vivi muitos momentos bons e outros nem tanto, porém o mais importante de completar essa marca foi o meu amadurecimento como cidadão e como atleta. Quero aproveitar e agradecer minha família e a todos que fazem parte do clube de forma direta e indireta, que com certeza fazem parte disso. Estou muito feliz por completar 50 jogos, um clube onde eu acompanhava os jogos na arquibancada e hoje estou podendo defender. Não vejo a hora dessa pandemia passar e jogar com o Gigantão lotado. Ainda não tive oportunidade, mas acredito que logo logo isso vai acontecer.
- Qual o seu jogo inesquecível? Considero o jogo da minha estreia contra o Criciúma um dos jogos mais importantes, pois eram quartas de final de Catarinense. Substituir o Wallace e fazia muito tempo que não disputava uma partida oficial, realmente a responsabilidade era muito grande, mas graças a Deus fiz uma das minhas melhores partidas com essa camisa. E não posso deixar de comentar sobre a virada histórica que fizemos contra a Ferroviária. Quando infelizmente a maioria dos nossos jogadores e comissão pegaram Covid e mesmo com todas essas adversidades fomos lá e fizemos história.
- Voce se tornou capitão do time. Como você vê o seu crescimento como jogador nesses 50 jogos? Ser capitão da equipe realmente é uma experiência nova para mim. Gostaria de agradecer ao professor Teco por ter me escolhido naquele momento e também ao professor Foiani e a todos os atletas por me darem a confiança necessária no dia a dia. Vou continuar trabalhando duro e me esforçando cada vez mais para continuar evoluindo e mantendo essa regularidade que é fundamental.
- Que susto no sábado. O que aconteceu com aquele choque e o apagão? Infelizmente na partida que eu completei 50 jogos, no primeiro tempo tive um choque muito forte na cabeça e fui desacordado para o hospital. Não lembrava de nada, só acordei quando estava no hospital e aos poucos fui me lembrando o que havia acontecido. Graças a Deus só foi um susto e já estou bem.
- Como está o entrosamento e a troca de experiência com os zagueiros Wallace e Magrão? Está sendo uma experiência muito boa para mim jogar ao lado de Wallace e Magrão, são dois grandes atletas e amigos que me ajudaram a evoluir e a crescer, assim como os demais jogadores. Essa troca de comunicação de ambas as partes é muito importante e sou extremamente grato a eles por tudo que fizeram por mim desde a minha chegada no Marcílio.
- Quem você tem como referência no futebol? Gostava muito de ver o Ronaldinho Gaúcho jogar, ele realmente era muito diferente. Mas na minha posição umas das minhas referências é o Marquinhos da seleção Brasileira e o Sérgio Ramos. Dois grandes craques que tenho uma admiração muito grande e sou fã.
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