Eu sou o professor Gustavo M. Gomes, pesquisador e historiador independente do futebol itajaiense. Nesta coluna semanal, trago curiosidades a respeito deste material.
Sábado último nós assistimos o time do Brusque FC sofrer a maior goleada de sua história dentro de casa, ao tomar 8 x 1 do modesto Volta Redonda, da homônima cidade do Rio.
Além deste recorde, outros dois foram registrados neste mesmo jogo: foi a maior goleada desta edição da Série C do Campeonato Brasileiro e a maior goleada de um time visitante desde que o torneio foi criado, em 1981.
Mas engana-se quem pensa que é novidade os clubes de lá tomar 8 gols em seus próprios domínios. Em 24/11/1963, um domingo, no mesmo estádio Augusto Bauer, o Marcílio Dias enfiava 8 x 1 no time do Paysandú, em jogo válido pela 4ª rodada do Campeonato Catarinense. A ficha do jogo é a seguinte:
Marcílio Dias 8 x 1 Paysandú
Campeonato Catarinense (1º Turno)
(Augusto Bauer – Brusque / SC)
Gols: Aquiles (4), Renê, Odilon, Dão e João Caetano (MD); Edson (PAY).
Time: Jorge (Zé Carlos); Djalma, Ivo Meyer, Joel Santana (Marzinho) e Joel Reis; Sombra e Odilon (Salvador); Renê, Aquiles, João Caetano e Dão.
Técnico: Milton Gonçalves.
O Marinheiro era um timaço e já estava a 23 jogos sem ser derrotado — e ainda passaria mais 10 sem perder, totalizando a maior sequência invicta conhecida até o momento em toda sua centenária história. Isso tudo só torna a recente goleada do Brusque FC ainda mais vergonhosa, pois o modesto Volta Redonda só havia vencido 1 das últimas 12 partidas que disputara até então e não tinha quaisquer pretensões de classificação.
Vale lembrar que seríamos campeões catarinenses daquela temporada, que iniciara em novembro/63 e terminaria em março/64, com nada menos que dois títulos: o tetracampeonato municipal e o campeonato estadual.
Até a semana que vem!
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