in ,

Coluna dois toques: Schwenck merecia mais, muito mais…

Coluna Dois Toques: Por Jean Pablo

Olá, amigos. Estou há um tempo enrolando para iniciar a escrever esta coluna, a saída do ídolo Schwenck me animou a iniciar de vez. A partir de agora, uma vez por semana tratarei de algum assunto neste espaço.

Pois bem, eu como amante do futebol acredito que os clubes precisam cultivar a idolatria que os torcedores tem com os jogadores, hoje em dia é difícil qualquer jogador mesmo nos grandes clubes criar um grande vínculo com a sua torcida. Pense você torcedor, dos jogos que acompanha, qual time brasileiro tem um ídolo.

No próximo domingo o atacante Scheik e o meia Danilo encerram suas passagens pelo Corinthians. O primeiro encerra também a sua carreira, Danilo ainda quer jogar mas essa é uma história de amor com final feliz e com muito respeito. A torcida do Corinthians a partir de agora será órfã de ídolos, tem que iniciar uma nova história.

Reduzindo o papo para o nosso estado. Qual o grande ídolo do Figueirense? Chapecoense? Criciúma? Joinville? Com encerramento da carreira do Marquinhos do Avaí os ditos grandes do estado não tem grandes ídolos, quanto mais os outros times.

Mas o Marcílio Dias tinha o atacante Schwenck, um atleta que já jogou na Série A nos campos da capital, nos campinhos do interiorzão Catarinense nas segundonas da vida, lugares que as vezes nem grama tem. Já fez gol contra os grandes, já deu esperança e ajudou a recuperar a autoestima do torcedor.

Quem não lembra daquela virada histórica contra o Avaí, tava 2×0 pra eles. Pênalti para ser cobrado e ampliar o placar. O goleiro Rodolfo pegou o pênalti e depois a história vocês já conhecem, mas confesso que toda vez que alguém me pergunta: ”Mas quem é o Marcílio Dias” eu conto essa história.

Conto a história de um clube que quando você acha que vai, não vai, mas quando você perde a esperança ele te surpreende. A respeito dessa virada mesmo, pois quem imaginaria que isso aconteceria novamente? Tivemos outra virada, desta vez em cima do Figueira em Camboriú. No placar 4×3 para o Marinheiro debaixo de muita chuva, dessa também não esqueço. O ídolo, Schwenck fez parte de tudo isso nos últimos anos. Ao falar de Marcílio, logo o nome do atacante é lembrado, pelos torcedores do Marcílio mas também por todos os outros no estado.

Depois dessa minha choradeira, vamos falar do atleta, penso que ele poderia estar com 42 anos e gordo. Se a decisão fosse minha eu teria ele junto para encerrar a carreira aqui, sendo aproveitado quando o técnico achasse necessário, mas o usaria nem que fosse pra fazer um marketing com o torcedor, vender camisa, cultivar o amor do torcedor com o seu clube e seu ídolo.

Mas não era esse o caso, durante a Série B o Schwenck iniciou na reserva, até onde eu sei quietinho, treinando e sem reclamar. Quando foi necessário ele estava lá pra fazer o gol. Lembra na segunda rodada quando estava 2×0 pra Cambura lá dentro e o Mito entrou pra fazer dois gols e empatar o jogo?

Depois durante a Série B e Copa Santa Catarina ele foi usado seguidamente. É claro e evidente que ele não tem mais o mesmo vigor que tinha quando da sua primeira passagem pelo Marinheiro, mas esta longe de não servir para o Marinheiro, seja entrando em momentos decisivos ou passando experiência, cobrando empenho de quem não estivesse comprometido com o grupo. Ou seja, o atacante foi útil e tinha condições de seguir.

A diretoria preferiu não renovar com o ídolo, porém renovou com atletas de perfil físico parecidos. Se o clube precisava escolher entre manter o ídolo e um atleta que ainda não tem identificação e que não conquistou grandes resultados, acredito que a escolha não era difícil e foi equivocada.

Esta história, diferente do Corinthians com Danilo e Scheik é uma história de amor que teve um final, bem simples, não um final feliz. Ao Schwenck só resta desejar boa sorte na sua nova vida que inicia agora, pois imagino que ele não volte mais aos gramados, por tudo o que fez no Marcílio e no Futebol merecia ao menos um jogo de despedida.

Schwenck, muito obrigado!

 

 

 

What do you think?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

GIPHY App Key not set. Please check settings

Léo Rigo deixa o Marinheiro e fecha contrato com Bragantino

Fotos: Gigantão segue em obras para a Série A