Repórter EC
A Fundação Municipal de Esportes e Lazer (FMEL) de Itajaí enfrenta um ano desafiador, com orçamento reduzido e necessidade de reestruturação dos espaços esportivos. Em entrevista, o diretor executivo Daniel dos Passos abordou os planos para a gestão, os investimentos em competições e as perspectivas para a formação de atletas na cidade.
Orçamento reduzido e desafios na estrutura
A nova gestão assume a FMEL em um cenário de orçamento enxuto e espaços esportivos inoperantes. Segundo Daniel dos Passos, o foco inicial será a manutenção dos programas e eventos já previstos no cronograma.
“Nossa expectativa à frente da FMEL (minha e dos demais profissionais que fazem parte dessa gestão) para este ano é de atender os programas e eventos já existentes no cronograma, para os quais temos orçamento vinculados na LOA (Bolsas, torneios, eventos, Programa Itajaí Ativo…), porém com o desafio de um orçamento enxuto, de espaços públicos esportivos inoperantes, o que já vai despender de gastos para arrumá-los. Ou seja, será um ano de arrumar a casa para colher frutos nos próximos. Porém, se os nossos recursos são escassos, nós como gestores do esporte do município estamos em busca de outras formas de fomentar o esporte para trazer novidades ao município.”
Expansão das escolinhas e formação de atletas
A estrutura limitada impacta o funcionamento das escolinhas esportivas, mas a FMEL busca alternativas em parceria com a Secretaria de Educação.
“Com o nosso problema de espaço físico para oferecer nossos serviços de escolinhas de iniciação esportiva, nos unimos ao professor Silvano da Secretaria de Educação”.
Investimento nas competições de base
A FMEL manteve o investimento em competições como a OLESC e os Joguinhos Abertos de Santa Catarina, mas adotou uma nova estratégia de gestão dos recursos.
“Neste ano organizamos o orçamento em conjunto com os técnicos, ou seja, o investimento da FMEL é na modalidade, os técnicos é que decidirão como gastarão o valor repassado para eles (já que o sucesso deles é o que lhes dará respaldo para continuarem conquistando o direito de serem nossos técnicos via Edital do Bolsa Técnico nos anos seguintes). Porém, em nossas reuniões deixamos claro que nossa prioridade é hoje termos uma base forte para colher os frutos no futuro.”
Participação de Itajaí na Liga Nacional de Handebol e outras competições
Com a cidade confirmada na Liga Nacional de Handebol, há a expectativa de outras modalidades ganharem espaço em competições nacionais. Segundo Daniel, a FMEL apoia as associações que buscarem financiamento externo, mas há limitações estruturais.
“Todas as associações que forem organizadas e conseguirem verbas através de programas de incentivo ao esporte (municipal, estadual e nacional), emendas parlamentares, Leis de Incentivo ao Esporte com repasse de impostos, conseguirem parcerias com empresas privadas… poderão e terão nosso apoio para participar de competições deste porte, porém hoje não temos como sediar jogos/competições deste nível de algumas modalidades, por não termos espaço adequado.”
Expectativa para os JASC
Nos Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), a prioridade será consolidar a base e incentivar a autossustentabilidade das equipes.
“Reforço o que coloquei na resposta das questões 4 e 5, ou seja, não seremos só nós, FMEL, que faremos o esporte do município. Temos um dos melhores e maiores grupos de técnicos do estado, com várias modalidades sendo atendidas da iniciação ao rendimento, com atletas de várias faixas etárias, por isso, a partir deste ano dividiremos com estes profissionais a responsabilidade de investir bem o dinheiro público para fazer o esporte que tanto amamos.”
“Temos um prefeito apaixonado por esporte, temos empresas parceiras querendo nos apoiar, com isso o resultado virá como resposta a um bom trabalho dentro e fora de quadra, com gestão de elenco e de suas finanças. Se eles conseguirem administrar suas finanças, obtiveram aportes de terceiros, conseguirão reforçar suas equipes com atletas de ponta sim. Dito isto, as expectativas só podem ser as melhores possíveis, mesmo com o momento caótico que vivemos em relação a estruturas esportivas”, conclui.
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