in ,

Fala Presidente: entrevista com Danilo Rezini, do Brusque FC

Confira mais uma exclusiva com Danilo Rezini

Seguindo a nossa série de entrevistas com os presidentes dos clubes da região do Vale do Itajaí, hoje você vai conferir as informações do Brusque. Atual vice-campeão Catarinense, o Marreco também está na Copa do Brasil e Série B do Brasileiro. Danilo Rezini comenta sobre a importância do acesso, reunião na CBF na última terça-feira (09) que ele participou presencialmente e também projeta o Bruscão em mais um estadual.

IMAGENS: Lucas Gabriel Cardoso // Luana Gums/BFC

Qual a importância do retorno do Brusque para a Série B do Brasileiro? Nós tivemos o rebaixamento para a Série C em 2022. Foi lamentável sob todos os aspectos. Questão financeira, marketing, mas graças a Deus montamos uma equipe competitiva em 2023. Chegamos a final do Catarinense e subimos de novo. Com muito trabalho, dedicação e um pouquinho de sorte que também é importante, buscamos o acesso. Melhora a questão financeira com a TV, cota dividida em 8 parcelas e a divulgação da marca Brusque, pra clube e cidade. Esperamos fazer um grande ano e no mínimo permanecer pra 2025.

Já tem o valor da cota da Série B? Nós tivemos uma reunião na última terça-feira (09) na sede da CBF com os 40 clubes das Séries A e B, onde foram tratados vários assuntos. Campeonato Brasileiro e algumas reivindicações. A questão da cota não foi tratada nessa reunião, mas acredito que dentro de 30 dias a gente tenha o valor que será repassado aos clubes.

Nessa reunião, foi divulgado pela imprensa que uma das reivindicações foi o critério de classificação para a Copa do Brasil. O que você pode falar sobre isso? Este item não esteve em discussão, mas houve uma solicitação de alguns clubes para que voltassem as vagas pelo Ranking da CBF, como era antigamente. Isso foi levado ao conhecimento do presidente Ednaldo e ao seu staff para avaliação. Mas não temos nenhuma definição. Acho que tem que ser avaliado. Nós estaremos presentes nesta discussão para que não apenas os grandes estejam na Copa do Brasil, mas também os médios e os pequenos.

Além do acesso do Brusque que melhora o marketing e a imagem do clube, imagino que o torcedor ficou feliz com o retorno da Havan também. Fale sobre a volta deste parceiro histórico do Brusque. A Havan é um fator predominante e importante dentro do Brusque. Desde que eu assumi a presidência do clube em 2008, eu tenho a parceria com o Luciano. Tem nos ajudado muito financeiramente. Nos últimos anos precisamos fazer melhorias no Augusto Bauer, gramado, arquibancada móvel, melhoria da iluminação e a Havan, juntamente com a prefeitura são grandes parceiros. Infelizmente, final de 2022 eu recebi a ligação do Luciano, por circunstâncias que não cabe aqui discutir, ele estava fazendo modificações na sua empresa e retirando patrocínios no futebol, Flamengo, Athletico-PR, já tinha tirado do Vasco, Chapecoense e também do Brusque. Sentimos muito por dois motivos, a força e credibilidade como patrocinador e a questão financeira. Entedemos o momento e ficamos 2023 sem o patrocínio da Havan. Atrapalhou, mas conseguimos nos virar. André Rezini no final do ano teve uma conversa com o Luciano e solicitou o retorno. Fizemos algumas tentativas, todos da diretoria e conseguimos trazer a Havan de volta para o uniforme do Brusque em 2024.  

Outra situação boa para o Brusque é a manutenção da comissão técnica. Fale sobre o Luizinho Lopes, um achado do Brusque que tinha trabalhos no Nordeste e era desconhecido aqui no sul. Olha Cacá, temos um departamento de futebol muito atuante. Trabalho minucioso. Temos radar de profissionais de todo o Brasil. Dentro deste padrão, concluímos que o Luizinho seria um treinador que poderia fazer um bom trabalho. Pela modernidade, intensidade, parte tática, é um estudioso do futebol. Foi difícil mantê-lo aqui pelo trabalho que ele vem fazendo. Outras equipes o procuraram, mas ele preferiu seguir no Brusque.

Como está a adaptação do Estádio das Nações onde o Brusque vai mandar os jogos do Catarinense? Como o Augusto Bauer está passando por uma grande reformulação, precisamos buscar uma alternativa. Cheguei a conversar com o presidente do Marcílio Dias, trocamos algumas ideias, mas acabamos optando pelo Estádio das Nações, por não ter nenhuma equipe disputando lá. Conversamos com o prefeito Fabrício, muito receptivo, nos recebeu bem. Colocamos nossas dificuldades, ele entendeu junto com o Mazinho, da Fundação de Esportes. Melhoria no gramado e também nos containers. Estará apto para o Brusque e para os visitantes fazerem bons jogos.

Nos últimos 4 anos, três finais de Catarinense e o Gigantinho sendo um alçapão. Qual o peso da ausência do Augusto Bauer como casa do Brusque? O Brusque jogando em casa, com uma torcida vibrante é o 12º jogador. Aqui realmente é muito forte. Não só no Catarinense, mas na Copa do Brasil e nos campeonatos brasileiros. Jogar em Balneário Camboriú, mesmo sendo uma cidade vizinha, uns 30, 35 quilômetros, vai haver um esvaziamento. Trânsito, custo, enfim, uma série de fatores, mas mesmo assim, pela equipe competitividade que estamos montando, nossa torcida estará presente. Precisamos ser realistas, mas acho que a torcida do Brusque se completa com o torcedor de Balneário. Muitos turistas, de vários lugares, quem gosta de futebol poderá acompanhar um Brusque e Chapecoense por exemplo.

Brusque lança pacote promocional para os jogos em BC

Pra gente fechar, qual a expectativa do Danilo com o Brusque no Campeonato Catarinense e qual o valor da folha? O Futebol está muito caro. O Brusque nunca foi acostumado a fazer grandes investimentos, sempre fizemos bons investimentos. Temos que fazer uma equipe competitiva para nos manter na Série B, queremos avançar duas ou três fazes na Copa do Brasil e queremos disputar mais uma final de Catarinense. Não se ganha título por decreto, mas com trabalho e dedicação. A nossa folha está em torno de R$ 1 milhão e para a Série B deve subir pra R$ 1,2 ou R$ 1,3 milhão. Temos consciência da responsabilidade e queremos buscar nossos objetivos dentro de campo.

A estreia do Brusque no Campeoanto Catarinense será contra o Barra, domingo (21), 18h00, no Gigantão das Avenidas. O primeiro jogo como mandante no Estádio das Nações está marcado para quarta-feira (24), 20h30 contra a Chapecoense. Em 2022, quando o Brusque foi campeão Catarinense, o primeiro jogo da final contra o Camboriú foi realizado em BC e terminou 1 a 1.

What do you think?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

GIPHY App Key not set. Please check settings

Marcílio empata último jogo-treino da pré-temporada

Fala Presidente: entrevista com Bene Sobrinho, do Barra FC