O treinador Moisés Egert vai para a sua quarta Série D de Campeonato Brasileiro. E o título desta reportagem é um comentário dele durante a entrevista: “essa vai ser a minha quarta Série D. Eu brinco, chega de Série D. Por que não uma Série C com o Marcílio?”. Este é o objetivo da diretoria, o sonho da torcida e o trabalho de cada dia do time.
Moisés foi jogador de futebol. Fez base no Juventude de Caxias do Sul. Era meia, mas virou centroavante. Em Santa Catarina foi jogador da Chapecoense. Também atuou em times do interior de São Paulo, onde deu início a carreira de técnico. Aos 43 anos, Moisés ficou marcado pelo bom trabalho de longo prazo no Mirassol. Foram 110 jogos entre o início de 2016 e o primeiro semestre de 2019.
Em 2020, Moisés soma pelo Marcílio 11 jogos, 4 vitórias, 4 empates e 3 derrotas no Campeonato Catarinense. Neste segundo semestre, o Marinheiro volta a jogar a Série D do Brasileiro. Confira a entrevista com o Professor:
Moisés, quais lições ficam para o time após a eliminação para o Criciúma? Mais coisas boas que ruins. Futebol é assim. Decepção com a eliminação. Muita indefinição, marca e desmarca. Era importante ter a sequência. Estávamos muito bem até o jogo com o Figueirense. Veio a parada do Carnaval, depois as paradas do Covid. Isso atrapalhou. Sempre brigamos pelo G4. Queríamos ter a torcida no jogo da volta. Contra o Criciúma faltou espírito de decisão. Na Série D vai ter mata mata, precisamos ter esse espírito que faltou.
Como voce avalia a pré-temporada do Marcílio? Foram quase 5 semanas de trabalho. Nas primeiras duas trabalhamos a força. O clube que souber regenerar bem vai ter êxito. Também estou conhecendo os novos atletas no dia a dia. Estamos fazendo o grupo novo entender o que é o Marcílio e os objetivos do clube. Momento de preparação.
Marllon foi a grande contratação do Marcílio. Qual a sua opinião sobre o meia? Marllon a gente trabalhou contra. No time do Juventus ele teve muito destaque. Pessoalmente é um cara muito tranquilo, de personalidade e é um amigo. Como jogador ele segura bem a bola, pifa, bom de bola parada e tem leitura de jogo. Ele escolheu vir pra cá. Gosta do Marcílio, gosta de Itajaí.
O Marcílio fez um jogo treino contra o Hercílio Luz e venceu por 2 a 1. Qual a sua avaliação do teste? Jogo treino é um treino que não deixa de ser um jogo. Mas é um laboratório. Fazia tempo que a gente não jogava. Era importante. O resultado é consequência daquilo que fizemos.
O discurso da diretoria é pelo acesso. Voce acha que esse otimismo e objetivo declarado contribui ou prejudica o time? É óbvio que eu vou entrar sempre querendo conseguir os objetivos. Eu sempre falo: se a Série D fosse fácil, o Red Bull não compraria o Bragantino. Vejo que é um Brasileiro de muitas equipes bem preparadas. Vamos um passo de cada vez. Pensar primeiro na classificação. Já fui campeão não sendo o favorito, mas também perdi. Ano passado, caí com o Novorizontino tendo a melhor campanha geral da Série D. Essa é a minha quarta Série D. Eu brinco: chega de Série D. Por que não uma C com o Marcílio?
A estreia do Marcílio será fora de casa contra o Pelotas. O que você sabe e projeta nesse primeiro confronto? Ricardo Colbachini é o treinador. Já trabalhei com Itaqui (meia) e Gabriel Silva (zagueiro, ex Marcílio). Marcão é um bom centroavante. Vai ser um jogo com cara de Série D. Equipe mesclada com jovens e experientes. Estamos preparados e mentalmente focados em busca do nosso objetivo.
A delegação do Marcílio viaja sexta feira de avião para Porto Alegre e vai de ônibus até Pelotas. A estreia no Campeonato Brasileiro será no sábado (19), as 15h00 contra o Pelotas no estádio Boca do Lobo.
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