O atacante Fio anunciou aos 35 anos o encerramento da carreira como jogador profissional. Campeão Brasileiro da Série D com o Brusque em 2019, Fio ajudou no crescimento meteórico do Quadricolor. Em Santa Catarina também jogou no Tubarão e no Carlos Renaux.
Comecei a jogar tarde. Nunca fiz base. Comecei a jogar com 22 anos no Sergipe. Em 2010 fui pro Penapolense. 249 jogos, 66 gols. Fui o jogador que mais vezes vestiu a camisa. Também joguei no interior de São Paulo e aqui em Santa Catarina. No geral acho que Deus foi maravilhoso na minha carreira.
Revelado pelo Penapolense, o Sergipano de Ilha das Flores atuou em vários clubes do interior de SP: Penapolense, Mirassol, Ferroviária, Desportivo Brasil, Votuporanguense e Capivariano. Com dores no joelho, Fio decidiu encerrar a carreira.
Tive um problema em 2019, tirei parte do menisco. Levei 1 ano e 2 meses pra voltar. Muita dificuldade. Com a ajuda dos amigos e da família voltei a jogar. Com dores, não voltei 100%, mas dava pra jogar. Saí do Brusque, rodei e o último clube foi o Carlos Renaux. Consultei um Ortopedista que disse que era a mesma lesão. Não quis passar novamente por cirurgia. Não estou feliz em parar. Eu amo jogar. Mas em decorrência desse problema no joelho decidi aposentar.
Em 3 temporadas pelo Brusque, Fio fez 47 jogos, 3 gols, 4 assistências e conquistou a Série D, Copa SC e o acesso para a Série B.
Era um elenco reduzido em 2019. Porém de muita qualidade. Waguinho me trouxe. Foi um ano maravilhoso. Pessoal fala que eu fui o melhor jogador daquela Série D.
Fio foi um grande atleta, além de ser uma grande pessoa. Foi um jogador com grande qualidade técnica. Taticamente perfeito. Foi muito importante no crescimento do Brusque, principalmente na conquista da Série D quando foi titular. Infelizmente quando fui efetivado tive pouco tempo de trabalho com ele porque ele machucou, mas foi um cara que me ajudou muito na transição auxiliar treinador. É uma pessoa que eu tenho muito carinho.
Jerson Testoni, treinador do Fio no Brusque.
Confira outros trechos da Entrevista:
Por que Fio Maravilha? Rapaz. Meu apelido de infância é Fio. O Maravilha veio na Penapolense. Tava jogando de atacante e vivendo um fase muito boa. Por causa do Fio Maravilha do Flamengo acabaram colocando esse apelido em mim.
Falar do Maravilhoso Fio é fácil, um cara que você pode contar com ele para tudo. Fora de campo aquela resenha de sempre, brincalhão e em campo tá aí sua história para todos verem. Fico feliz em fazer parte dessa história dele no futebol aonde conquistamos alguns títulos importante que vão ficar cravados na história do futebol. Obrigado por tudo Maravilha, Deus abençoe você nessa nova etapa de sua vida.
Neguete – Zagueiro, jogou com Fio no Brusque e no Carlos Renaux.
Qual o momento mais especial da tua carreira? Tem vários. Penapolense. 7 temporadas. Peguei na Série A3 até chegar no Paulistão. Tiramos o São Paulo nas Quartas. Tubarão também vários momentos marcantes, mas o título da Série D é o mais especial.
Quem foi teu maior parceiro do futebol? Tem vários. Alagoano, Edu, Romarinho, Magrão, Neguete. Graças a Deus tive boa relação com todos que joguei.
Qual foi o melhor time que você jogou? Pra ser sincero. Vou falar de estrutura Desportivo Brasil, administrado pelo time Chines e o Tubarão na época boa. Tecnicamente o Brusque de 2019 e o Penapolense de 2014.
Voce faria algo diferente? Eu não me arrependo de nada do que fiz. Assumo tudo. Lá trás quando iniciei em Penápoles perdi muito tempo com noitada. Eu estava com 22 anos. Se eu tivesse a cabeça que eu tenho hoje eu teria explodido no futebol. Foram poucos, mas acabou atrapalhando.
Faltou algum clube que você gostaria de ter jogado? Cara, eu sou Vascaíno, mas infelizmente não consegui. Era meu sonho. Tem uma história com o Júlio Rondinelli. Ele que me levou pra Penapolense. Quando ele foi me buscar em São José do Rio Preto ele passou por mim duas vezes e não me encontrou. Eu tava com a camisa do Vasco. “Não é possível que ele vai se apresentar na Penapolense com a camisa do Vasco”.
O que você está fazendo e para o futuro pensa em trabalhar com futebol? Eu atualmente estou em Maceió. Sou avô, estou curtindo meu netinho e colocando a cabeça no lugar. Tenho desejo sim, mas colocar nas mãos de Deus.
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