O Campeonato Catarinense 2022 começa no próximo sábado (22) com três jogos logo no primeiro dia. Esta é a 97ª edição do campeonato. Ao todo, 12 equipes estão na disputa pelo título dentro de duas fases: pontos corridos e mata-mata.

Na primeira etapa, as equipes se enfrentam em um único turno e as oito melhores seguem para a fase de eliminação. O primeiro colocado enfrenta o oitavo, o segundo enfrenta o sétimo e assim serão definidos os confrontos. Os times que terminarem na 11ª e 12ª posição serão rebaixados para a Série B.

Vamos conhecer os participantes?

Marcílio Dias:

É o quarto ano consecutivo que o Marinheiro disputa a elite do futebol catarinense. Relembrando a temporada anterior, a equipe de Itajaí chegou à semifinal do campeonato. Lá, saiu derrotada pra Chapecoense, mas garantiu o calendário completo para 2022. Já na Série D, o time não conseguiu repetir os bons resultados do ano anterior, quando chegou às quartas de final, e ficou logo pela fase de grupos.

O time também passou por uma reformulação. Perdeu atletas que foram referências nas temporadas anteriores, como Luan (emprestado à Tombense) e Magrão, apresentado pelo Rio Claro. Entretanto, com o técnico Fernando Tonet assumindo no lugar de Foiani, o time apostou em trazer novas peças. Entre os anunciados estão Edimar, zagueiro que passou pelo Marinheiro em 2013, e Jonata Machado, que passou pelo Lokomovic Sofia, da Bulgária. Também houve a renovação de peças importantes, como o goleiro Victor Hugo e o volante Moisés. Zé Vitor, ou Zé do Gol, voltou ao clube também.

Para mais informações, clique aqui e confira a série “O Vale vem forte”, por Cacá Oliveira

Avaí:

O torcedor avaiano vem de uma temporada cheia de sorrisos, apesar de alguns problemas no extracampo. O Leão da capital conquistou o Catarinense passado, foi longe na Copa do Brasil e conquistou o acesso à Série A brasileira junto com o treinador Claudinei Oliveira. Com a equipe entrosada com o treinador e reforços chegando, o time é um dos favoritos na conquista do título.

O Avaí perdeu algumas peças, como Valdívia (foi para o Cuiabá) e João Lucas (foi para a Ferroviária), mas fez um bom mercado da bola e trouxe opções para todos os setores do campo. Entre os destaques, estão o consistente zagueiro Betão, o colombiano Copete e o volante Bruno Silva.

De acordo com o jornalista Ian Sell, do portal ND+, um dos pontos mais fortes do Avaí é a solidez defensiva. O clube da capital teve uma das melhores defesas e ainda conta com uma boa disputa de posição entre os goleiros. Douglas Friedrich voltou ao Avaí e tem a competição com Vladimir e Glédson. Entretanto, o ponto fraco é a média baixa de gols e também o repertório fraco nas jogadas dentro da faixa central do campo.

Projeção do jornalista: “O Avaí chega como um dos, se não o principal favorito ao título do estadual. A equipe já larga na frente por já ter um padrão de jogo pré-estabelecido passando por ajustes menores que os rivais. Resta apenas saber como as novas peças irão se encaixar”.

Barra:

O Barra chega pela primeira vez à elite do futebol catarinense após ser campeão invicto da Série B. No comando, as coisas mudaram para a equipe de Balneário Camboriú. O treinador Moisés Egert deixou o clube e, para o lugar dele, chega Matheus Costa. Apesar de jovem, o comandante tem experiência com o futebol jogado em Santa Catarina. Ele já passou pelo Joinville e seu último clube foi o Operário de Ponta Grossa.

Entre os destaques, vale ficar de olho em Cleyton. O zagueiro, com experiência acumulada, foi destaque no Brusque e recebeu a faixa de capitão do Barra na temporada anterior. Além dele, Bruno Grassi, goleiro com passagens pelo Grêmio e Criciúma, é uma das peças para ficar de olho.

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Brusque:

O ano de 2021 do Brusque foi de altos e baixos. Entre a permanência do clube na Série B e o caso de racismo envolvendo o jogador Celsinho, do Londrina, o torcedor viveu um ano um tanto quanto diferente. Apesar de chegar à semifinal do Catarinense e ser eliminado pelo Avaí, o foco do tricolor foi a permanência na segunda divisão brasileira.

O time vai para a próxima temporada sem duas peças importantes dos últimos anos, Thiago Alagoano e Edu. Enquanto Alagoano foi para o interior de São Paulo, Edu foi anunciado recentemente pelo Cruzeiro. O objetivo para a temporada é ter um time mais coletivo.

Projeção do jornalista: Thiago Visconti, do jornal O Município, aponta que o Brusque será uma caixinha de surpresas em 2022 e que a expectativa é um ano de adaptações às mudanças. “Acredito que o time chegue novamente à semifinal, mas será difícil vencer times tradicionais como Avaí e Chapecoense.

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Camboriú:

Em 2021, o Camboriú tinha como principal objetivo o acesso para a primeira divisão do Catarinense. A equipe contou com o comando experiente de Celso Rodrigues, que passou pelo Concórdia e pela Chapecoense. Assim, ele montou um time coletivo e que poucas vezes precisou contar apenas com o individual. Uma das principais peças foi o atacante Marcus Índio, que balançou as redes 11 vezes em 18 partidas pela Cambura.

Mauro Ovelha se despediu dos trabalhos como treinador e assumiu o cargo de supervisor de futebol do Camboriú. Assim, a equipe do Vale conta com a experiência de um ex-comandante que rodou bem pelo estado de Santa Catarina. Entre peças diferenciadas na equipe, está Jorge Henrique. O meio-campista tem 39 anos, acertou com o Camboriú no final de 2021 e passou por clubes brasileiros tradicionais, como Internacional, Vasco da Gama e Corinthians.

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Chapecoense:

A Chapecoense fez a pior campanha da história da Série A brasileira em pontos corridos. O time, que chegou à final do estadual em 2021 e foi derrotado pelo Avaí, somou apenas 15 pontos no Brasileirão e foi rebaixado como lanterna. Com um time totalmente novo, a Chape tem como principal arma o atacante Perotti. Apesar dos poucos gols no nacional, balançou as redes cinco vezes em oito partidas no Catarinense.

Em dezembro, a Chape anunciou quatro reforços para a temporada. Entre eles, destaca-se o meia Tiago Real. Ele tem 32 anos e experiência de sobra no futebol brasileiro, com passagens por Palmeiras, Goiás, Bahia e, em Santa Catarina, Joinville.

O ponto que mais pode dificultar a vida da Chapecoense no estadual é a falta de entrosamento. De acordo com Rangel Agnolin, da rádio Oeste Capital, o time é praticamente novo. Porém, o ponto forte é a chegada de atletas veteranos e que ainda buscam espaço no futebol.

Projeção do jornalista: “Dá pra fazer mais (do que ficar entre os seis primeiros) pelo que a Chapecoense representa em Santa Catarina. O orçamento é baixo, cerca de 350, 400 mil reais”.

Concórdia:

O Concórdia chegou ao terceiro ano consecutivo disputando a elite do futebol de Santa Catarina. O time fugiu do rebaixamento nos dois primeiros, mas, na temporada passada, teve uma permanência mais tranquila na elite. A equipe trouxe algumas peças que podem fazer a diferença na temporada. Perema é um zagueiro de 29 anos que estava no Paysandu. Além dele, mais dois atletas que estavam no Papão chegaram ao Concórdia: Jackson, atacante de 28 anos, e Paulinho, volante de 32.

Figueirense:

O Figueirense teve o pior ano possível em 2021. No estadual, o time só conseguiu a classificação para as quartas porque o Hercílio Luz fez uma escalação irregular e o jogo contra a Chape foi anulado. Com o time do sul do estado perdendo três pontos, o Figueira herdou a vaga e foi eliminado pelo Verdão do Oeste. Na Copa do Brasil, foi eliminado na primeira fase para o Cascavel. Já na Série C, não conseguiu a classificação. A esperança surgiu com o título na Copa SC e, neste início de temporada, a equipe de Floripa conquistou a Recopa após vencer o Avaí, campeão do Catarinense, na Ressacada.

Algumas peças têm destaque no elenco do Figueira. Os atletas Oberdan e Andrew permaneceram no elenco e Patrick, criado nas categorias de base do alvinegro, pode surpreender. Além deles, chegaram atletas experientes, como Zé Mário e Luis Fernando. O novo comandante do Figueirense é Junior Rocha.

O ponto forte do time é a defesa, além de alguns atletas terem experiência com o novo treinador. Apesar disso, o Figueira ainda tem problemas ofensivos e perdeu o artilheiro da temporada anterior, Bruno Paraíba.

Projeção do jornalista: Lucas Medeiros, do canal Sempre Figueira, destaca que o time é mais sólido do que na temporada passada. “O Figueirense deve fazer uma campanha de classificação sem problemas, mas é pra ser a “quarta força”, visto que Avaí está na série A, e Chapecoense e Brusque na B”.

Hercílio Luz:

Promovido de volta à elite do estadual em 2020, o Hercílio Luz fez uma campanha que o levou às quartas de final da competição. O início foi ruim, mas a equipe engrenou e, ao vencer o JEC na última rodada do primeiro turno, garantiu uma vaga no mata-mata contra a Chapecoense. A equipe de Tubarão chegou a disputar as duas partidas contra a Chape, mas foi punido pela escalação irregular de um atleta e perdeu três pontos. Na Copa SC, apesar do bom momento com cinco vitórias e duas derrotas, o Hercílio foi eliminado pelo Juventus na semifinal.

O treinador Raul Cabral tem à disposição peças experientes e que rendaram nas últimas temporadas. Fabinho é o atleta mais experiente do elenco, com 38 anos e portando a camisa 10. Apesar da idade, será uma das engrenagens do Hercílio no estadual. Além dele, o ex-capitão do Figueirense Dener tem experiência no Catarinense e assume a camisa 5 do clube respaldado pelo treinador e pela diretoria.

Entre os pontos fortes do Hercílio está a qualidade defensiva, com um setor compactado e consistente. Por outro lado, o ataque passa por dificuldades e carece de um atacante goleador. Apesar de tomar poucos gols, não é uma equipe que costuma marcar com frequência.

Projeção do jornalista: Caio Maximiano, do Portal Infosul, destaca que o time do sul do estado pode oscilar no campeonato, mas que não foge muito do que os outros catarinenses podem fazer. “Acredito que o nível do campeonato esse ano vai ser um pouco mais baixo em relação aos elencos. Vejo apenas o Avaí com uma diferença maior pros demais e acredito que o objetivo do Hercílio, que é a permanência e posteriormente uma Série D, possam ser alcançados sim”.

Joinville:

A temporada 2021 do JEC é para o torcedor esquecer. O time fez uma aparição tímida no Campeonato Catarinense e enfrentou o Brusque nas quartas de final. O Joinville conseguiu o empate em casa, mas viu o tricolor vencer na cidade do Vale do Itajaí. Então, a diretoria apostou todas as fichas em uma boa Série D e fez investimentos pesados, o que ocasionou o agravamento na crise financeira. O JEC conseguiu terminar a fase de grupos na liderança, com 28 pontos, mas caiu para o Uberlândia nas oitavas de final e ficou sem calendário para 2022.

A equipe apresentou onze reforços para a temporada e existem expectativas para a chegada de mais peças. Entre eles, o setor de ataque ganhou quatro novas opções. Joãozinho, Nicolas, Victor Rangel e Mailson são as novidades. Apesar de ser um time novo, a equipe tem um ponto forte: o volante Xavier. Ele atuou pelo Marinheiro no Catarinense passado e é destaque no JEC. Por outro lado, a preocupação da imprensa e também da torcida local é com o orçamento apertado.

Projeção do jornalista: de acordo com Gustavo Mejía, de Joinville, o maior objetivo do JEC é volta a disputar a Série D. “Caso não consiga, a situação vai ser bem complicada”.

Juventus:

Em 2021, o Juventus contou com um calendário completo para o ano e ainda garantiu para 2022. Dentro de Santa Catarina, chegou às quartas de final do estadual e à grande final da Copa SC. De volta ao nacional, não conseguiu chegar longe e ficou pela fase de grupos na Série D. Com novo comando, novas peças e um ano de possibilidades, o Moleque Travesso busca repetir as boas atuações dos últimos dois anos.

O Juventus manteve peças importantes, como Maikon Leite. O atleta chegou em 2021 e tem uma vasta carreira no futebol brasileiro. Passou por clubes de peso, como Palmeiras, Santos e Atlético Paranaense. Já as novas peças são Lucas de Sá, que passou por Avaí, JEC e Tombense, e Jonatas Belusso. Apesar das incógnitas sobre o novo ano, o time comandado por Paulo Foiani promete organização e com variação tática e técnica de acordo com o adversário

Projeção do jornalista: Lucas Pavin, do portal Avante Esporte, expõe que o objetivo principal é garantir mais uma vez a vaga para a Série D e também retornar à semifinal do estadual, como em 2020. “Mas o técnico Paulo Foiani sonha em conquistar o título estadual pelo Juventus, que seria inédito na história do clube”.

Próspera:

O Próspera chegou à elite em 2021 e foi acima da média logo em sua primeira temporada. Chegou às quartas de final e precisou enfrentar o líder e, posteriormente, campeão do estadual. Entretanto, o Próspera conquistou uma vaga na Série D e vem empolgado para disputar o Catarinense e garantir calendário para mais um ano.

Sob o comando de Emerson Cris, o Próspera vem com mais experiência para o estadual. O treinador passou pela Chapecoense e Concórdia. Apesar da expectativa, a diretoria lançou na última semana a apresentação oficial do elenco nas redes sociais. Atletas como Vinicius Kuerten, ex-Marcílio Dias e Criciúma, Thainan, cria da base do Próspera e Sebastian, que passou por clubes tradicionais como o Internacional, são os nomes anunciados.

A diretoria também fez um trabalho especial na parte estrutural e administrativa do clube. Entre as ações, está a troca do gramado Mário Balsini, local onde acontecerão os jogos do Próspera em casa. A expectativa é que a reforma fique pronta na sexta rodada.

Projeção do jornalista: Tiago Monte, repórter do jornal Tribuna de Notícias, de Criciúma, aponta que o Próspera está com o pé no chão durante as projeções. “A expectativa do clube é permanecer na Série A Estadual e, se possível, beliscar novamente uma Série D, repetindo o sucesso do ano passado”.

Comunicadores de Santa Catarina que contribuíram:

Caca Oliveira – Esporte Campeão

Professor Ingo – Esporte Campeão

Lucas Medeiros – Sempre Figueira

Ian Sell – ND+

Tiago Monte – Tribuna de Notícias de Criciúma

Lucas Pavin – Avante Esporte

Rangel Agnolin – Rádio Mais Oeste Capital

Gustavo Mejía

Thiago Visconti – O Município

Caio Maximiano – Portal Infosul