O barco que será usado na Volvo Ocean Race 2021-22 será o IMOCA 60. A organização da regata de Volta ao Mundo confirmou, nesta segunda-feira (2), um acordo com a International Monohull Open Class Association (IMOCA) para a próxima competição. Os representantes da classe e da Volvo Ocean Race se reuniram em Haia também com os velejadores, como os campeões olímpicos Torben Grael e Xabi Fernández e designers de barcos, como Guillaume Verdier e Juan Kouyoumdjian.
“Este é o primeiro passo na preparação da próxima edição da regata em 2021”, disse Johan Salen, co-presidente da regata. “Estamos no início de um processo cooperativo para colocar em prática os elementos de que precisamos para tornar a próxima edição um sucesso tanto na área esportiva quanto comercial. Esta é uma questão complexa com muitas perspectivas, e estamos recebendo com grande respeito a contribuição contínua de todas as partes interessadas, desde a World Sailing (Federação Internacional de Vela) até os velejadores, equipes e patrocinadores. Temos certeza de que este é o caminho certo”.
Torben Grael avaliou a mudança para IMOCA 60. “É claro que há alguns obstáculos ainda pela frente, mas se conseguirmos unir os dois mundos, será positivo. Essa mudança pode abrir a regata para muitos novos velejadores e cria um calendário muito maior de eventos para as equipes que competem na regra aberta dos 60 pés”.
A parceria significa que os principais projetistas de vela offshore estarão engajados na próxima edição com o objetivo de produzir o melhor monocasco.
“A vela é um esporte que não é apenas sobre a tripulação, mas também sobre o equipamento, então combinar os dois elementos é o que permite que você diga que está no auge do offshore”, disse Juan Kouyoumdjian, que projetou três barcos vencedores da Volvo Ocean Race no passado, inclusive o Ericsson 4 de Torben Grael em 2008-09.
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A parceria com a infra-estrutura existente da IMOCA permite que o calendário de vela profissional se torne mais unificado e eficiente, o que ajuda o esporte como um todo e ajuda a construir um modelo de negócio sustentável para equipes e atletas. A mudança para os barcos IMOCA garantirá que a regata continue na vanguarda do design e da tecnologia.
A edição atual da Volvo Ocean Race terminou neste fim de semana em Haia (Holanda). Três equipes começaram a última perna com a oportunidade de conquistar o título no geral. Com menos de 10 milhas para o final de 45.000 milhas, o resultado ainda estava para ser decidido, até que Dongfeng Race Team, de Charles Caudrelier, levou a melhor.
“Essa mudança é muito empolgante, o IMOCA 60 é um incrível barco, eu gosto de velejar nesses barcos e acho que quando as pessoas os virem, elas vão adorar”, disse o francês Charles Caudrelier. “As duas melhores provas oceânicas do mundo vão se juntar”.
Xabi Fernández, do MAPFRE, está animado com a mudança. “Muitos queriam voltar à inovação e ao design, é muito interessante para nós, conheço bem a classe IMOCA, velejei pelo mundo em um deles, mas este é o começo de um longo processo. Para os fãs, que são cada vez maiores, será muito emocionante”.
Os IMOCA são usados em grandes regatas como Vandée Globe e Transat Jacques Vabre, por exemplo. A regra relacionada ao número de tripulantes a bordo da classe IMOCA na próxima edição está entre os elementos que serão avaliados, com o objetivo de manter a figura do OBR (On Board Repórter).
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