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Rocha, Rochinha, Luan e Teco. O mundo pequeno do futebol

Rocha, Teco e Luan. IMAGEM: Bruno Golembiewski

“Caraca, tu aqui mano? Esse mundo da bola é pequeno”. Foi assim que o zagueiro Luan comentou quando viu o zagueiro Rocha chegando no Marcílio. E o Marinheiro reforça o quanto o mundo da bola é pequeno. Rocha é filho do Rochinha que atuou na base do Marcílio na década de 90 junto com o Teco, hoje auxiliar técnico do clube. Já Luan começou a carreira com o Teco no campo do Cruzeiro em Navegantes e no Barra FC. Também jogou no Sub 20 do Coritiba e Rocha no Sub 17 do Athletico. Eles nunca se enfrentaram, mas hoje jogam no mesmo time. Os 4 personagens estão envolvidos no presente do Marcílio, lembrando do passado e construindo o futuro.

Rochinha, pai do zagueiro Welington Rocha atuava de lateral e volante na base do Marcílio. Esteve na base de 1994 até 97. Em 98 subiu ao profissional, mas não deu sequência na carreira:

– Depois da Copa SC de 97 fiz a pré-temporada nas férias com o Toninho Camarão. Treinei muito. Na reapresentação fui informado que seria emprestado e me desanimei. Sempre jogava na base, era titular. Me fechei. Desisti do futebol e fui trabalhar com meu pai. Tive meus filhos e alguns anos depois voltei a praticar e acompanhar futebol.

Time de base do Marcílio na década de 90. Rochinha é o segundo agachado da esquerda para a direita. IMAGEM: Arquivo pessoal

Rochinha lembra que era muito tímido, muito fechado e isso o atrapalhou. Sua experiência de desistir do futebol diante da primeira dificuldade é passada para o filho, que logo cedo saiu de Itajaí para Curitiba.

– Tenho muito orgulho do meu pai. Ele me ensina muito. Teco, Gelson e o Toninho falam muito dele. Ele fala para eu ter personalidade e continuar trabalhando.

Rocha e Rochinha. Filho e pai com a camisa do Marcílio

Natural de Itajaí, Rocha está no Athletico PR desde o sub 13. Porém, antes de ir para o time parananense, Rocha dava os primeiros toques na bola no Santa Futsal, escolinha do professor Ingo, hoje comentarista do Esporte Campeão.

Zagueiro Rocha nos tempos de Santa Futsal. O primeiro garoto em pé, da esquerda para a direita. IMAGEM: Arquivo Pessoal

O contrato de Rocha com o Furacão vai até dezembro de 2021. O empréstimo para o Marcílio vai até final da Série D. No Athletico, Rocha jogou no Sub 20, Aspirante e até amistoso internacional. Neste ano, tanto o zagueiro quanto a família escolheram o Marcílio Dias para o empréstimo.

Wellington Rocha no Athletico PR IMAGEM: Fabio Chevette

Vizinho de cidade e rival, Luan Gabriel Rodrigues nasceu em Navegantes e jogou no Sub 20 do Coritiba em 2018. Ele conhecia o Rocha, mas nunca se enfrentaram. Em 2020 os dois estão no elenco do Marcílio Dias. Luan está no Marinheiro desde o início do ano e lembra bem como recebeu o companheiro em agosto.

– Já recebi ele rindo. A gente não se conhecia pessoalmente. Caraca, tu aqui mano? Esse mundo da bola é pequeno. Meu pai conhece o pai dele, o Rochinha. É muito legal hoje poder conhecer ele como atleta e pessoa.

Luan começou a carreira na escolinha do Cruzeiro, com os treinadores Wagner e Teco. Teco hoje é auxiliar técnico do Marcílio. Foi ele quem levou o Luan para o Barra FC onde assinou o primeiro contrato profissional.

Luan também tem passagens pelo Avaí e até Europa. Jogou no Olympiacos da Grécia em 2017, onde pôde desfrutar de outra cultura e desenvolver seu futebol.

Luan no Olympiacos da Grécia. IMAGENS: Arquivo pessoal

Mas o caminho até o profissional é longo e nem todos conseguem chegar. Teco lembra do início da jornada de muitos garotos e fica feliz quando eles chegam ao profissional. Rochinha lembra da época de sua infância. Os garotos que não jogavam acabaram indo para o lado ruim da vida. O futebol encaminha. Encaminhou Rochinha. Está dando oportunidade para Luan e Rocha. Os próximos meses serão intensos com o Campeonato Brasileiro. Rocha tem apenas 19 anos. Luan completa 21 em novembro. Os dois jovens da região fazem parte do grupo que trabalha para levar o Marcílio até a Série C do Brasileirão.

– Expectativa melhor possível. A gente está trabalhando. É uma competição muito difícil, mas chegaram reforços e o Moisés conta com todos. Estamos trabalhando. (Luan)

– Expectativa alta. Todo mundo tem qualidade, todos devem jogar. Eu estou muito feliz. Triste por não ter torcida, mas motivado pelo meu primeiro campeonato profissional no time da minha cidade. (Rocha)

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